domingo, 30 de junho de 2013



     Foi me arrancado todas as palavras doces e sutis, dando lugar a um imenso vazio. Arrancaram aquele sorriso maroto e o semblante moleque, deram lugar as lágrimas salgadas e tristes. Tiraram - me o chão, deixaram - me sem ar. Afogando - me em lágrimas. Deixando - me sem esperanças, acuado, amordaçado, feito em pedaços, sem restar nada, feito um cão sem dono, sem lar, com fome, com sede, sem ter pra onde ir, ficando vagando por entre os becos e vielas escuros. Sinto - me um poeta, sem inspiração, um escritor sem assunto, uma fofoqueira sem fofoca, sem nada, sem restar nada.'